Concluído!

Caros amig@s!

A minha dissertação está finalmente concluída! O título é: "Não Percebes o Hip Hop: Geografia, (Sub)culturas e Territorialidade". Foi um esforço árduo de quase dois anos, a ler, reler, escrever (quase 300 páginas com anexos!) e a aprender, sobretudo, convosco. Brevemente irei defender a minha dissertação e prometo publicar integralmente os textos neste blogue. Afinal de contas tenho que devolver aos hiphopers aquilo que os hiphopers me deram. Talvez com este singelo contributo a Nação Hip Hop se possa alicerçar nos fundamentos reais que a estabeleceram.

Eis o resumo do seu conteúdo:

Esta dissertação procura ajudar a compreender o Hip Hop, (sub)cultura juvenil surgida no South Bronx, nos Estados Unidos da América, durante os anos 60 do séc. XX. O Hip Hop pode ajudar a compreender que em determinados contextos, respostas bottom-up por parte de crianças e jovens descendentes de imigrantes são estabelecidas, respondendo criativamente e de forma inovadora aos processos estruturais geradores de exclusão social e do declínio de um território em particular.

Num tempo marcado pela globalização hegemónica, em que o senso comum cria a imagem de um mundo com bases políticas e sociais – mas também culturais – uniformizadas, o Hip Hop poderá demonstrar que outro tipo de globalizações são estabelecidas horizontalmente e de forma não hegemónica, salvaguardando que as culturas juvenis são moldadas mas que contribuem elas próprias para processos de difusão cultural e de mobilização dos jovens em torno de ideais sociais e culturais. Em torno desses ideais, novos territórios estão a ser estabelecidos, criando as ligações entre indivíduos e comunidades de todo o mundo, a diferentes escalas.

Para os jovens hiphopers, o Hip Hop é a sua voz e uma forma de reforçarem a auto-estima, auxiliando-os num processo dialéctico de posicionamento e confronto – simultaneamente crítico e construtivo – com as culturas dominantes, promovendo a descoberta e (re)construção das suas identidades, a sua capacitação e a sua territorialidade. Estes jovens, à falta de outras estruturas de acompanhamento, estão a assumir na primeira pessoa a construção das suas próprias respostas de integração social.

À medida que este processo individual e colectivo de integração se consubstancia, novas redes de relacionamento interpessoal e territorial se vão configurando. Estas novas geografias são processos de construção de outras distâncias psicológicas e sociais que importa à geografia identificar e interpretar, procurando compreender a complexidade de uma sociedade que integra a periferia no centro, e vice-versa.

Palavras-chaveHip Hop, geografia, subcultura, identidade, territorialidade, exclusão social.


Assim que estiver discutido, e aprovada, espero :) Terei todo o gosto em enviar-vos por email. O meu mail é pmcalado@sapo.pt

Um abraço

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